Um cidadão de 39 anos  morre nas celas de uma das quadras da polícia na cidade da Matola, província de Maputo, após ter sido torturado pelos agentes da Polícia de Proteção afecto na mesma esquadra.

Segundo relatos de testemunhos que falavam a um canal de televisão nacional, o problema começou quando a vítima terá confiscado bens de uma cidadã que tinha um valor por lhe devolver. Sucede que a devedora mobilizou a Polícia para ir até à casa do credor para recuperar os seus bens.

Devolvidos os bens, referem familiares da vítima, a jovem devedora terá dito que, para ela, o caso estava encerrado. Mas os agentes da PRM que a acompanhavam levaram o credor até a uma esquadra da cidade de Matola. Chegados no local, o cidadão credor recusou-se a entrar na cela da esquadra, justificando que não tinha cometido nenhum crime. A Polícia reagiu com violência que lhe é peculiar: torturou o cidadão e usando a forca, introduziu-lhe na cela já num estado debilitado.

“Foi introduzido na cela, não pronunciou uma única palavra, não se mexeu e passou a noite toda a gemer de dores. Na manhã do dia seguinte ele já estava morto”, contaram os familiares da vítima que dizem ter tido informações das circunstâncias da morte através de um outro cidadão que estava detido na mesma cela.

Os familiares visivelmente abalados com a situação, exigem que seja feita a justiça.