Festival do Jazz do M-Bassline regressa com Neco Novellas, Deodato Siquir e Mingas

Festival do Jazz do M-Bassline regressa com Neco Novellas, Deodato Siquir e Mingas

Pelo terceiro ano consecutivo, o Centro Cultural M-Bassline, na Matola-Rio, acolhe o festival de jazz.

O festival esta marcado para o dia 30 de Abril, data que se celebra o ritmo jazz em todo o mundo, o evento que inicia às 19h00 junta os moçambicanos Neco Novellas, Deodato Siquir e Mingas.

“Trata-se de uma noite singular, com um teor intimista, por isso o evento terá lugar no auditório do M-Bassline, contrariando os outros dois eventos que aconteceram no átrio”, indica uma nota enviada ao MZNews.

A celebração do jazz em Boane destaca artistas moçambicanos na diáspora: um na Holanda, Neco Novellas e outro na Suécia e Dinamarca, Deodato Siquir, além da Mingas, como madrinha do evento.

Não será apenas uma noite de celebração do jazz moçambicano feito na diáspora, mas, acima de tudo, a celebração de dois projectos ousados, que rompem paradigmas quando o quesito são performances musicais.

Ora, Neco Novellas, quem não actua em Moçambique há cerca de 10 anos e a sua passagem por sua terra-natal coincide com a comemoração dos 50 anos, traz-nos um conceito fora do comum, com uma actuação a solo, um exercício do seu último álbum – ‘Chasing traces’ – que viaja às suas origens moçambicanas, combinando o afro-jazz e a marrabenta.

Deodato Siquir, por sua vez, propõe uma actuação que cruza os seus três álbuns, embora com principal incidência para o ‘Together’, sua última proposta discográfica, com sonoridades acústicas, mas arrojada, que leva ao palco um quarteto e três vozes.

Mingas encerra a noite a pretexto de homenagem ao falecido Chico António, sua dupla de vários anos com ‘Baila Maria’, música vencedora do prémio Rádio France Internacional (RFI) em 1990, para além de estar a homenagear a mulher moçambicana no encerramento do seu mês.

De acordo com Válter Simbine, o facto de M-Bassline aventurar-se para o um concerto desta dimensão no seu auditório é uma experiência de salutar e a equipa têm boas expectativas por esta razão, além de estarem reunidos artistas que atiçam o público amante de música, sobretudo o jazz.

O Festival do Jazz do M-Bassline é acompanhado de uma feira do livro e do disco e artigos de artesanato, para “unir toda a cadeia de valor da indústria cultural e criativa e porque nem sempre é fácil obter as obras dos artistas que estarão em palco”, sublinha Simbine.

De sublinhar que o M-Bassline é a única instituição com cariz de centro cultural na província de Maputo, localizado na rua da Escola Primária de Djuba, na Matola-Rio.

Inaugurado em 2022, o espaço fragmenta-se em quatro – um ‘jazz club’, um auditório, um lounge (ainda em projecção) e um átrio que acolheu as duas edições anteriores do Festival do Jazz M-Bassline.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.