TotalEnergies quer eliminar as compras de petróleo russo até o final deste ano

TotalEnergies quer eliminar as compras de petróleo russo até o final deste ano

A petrolífera francesa TotalEnergies informou nesta quarta-feira, em uma apresentação para investidores em Nova York que não investirá em novos projetos na Rússia e eliminará gradualmente as compras de petróleo russo até o final de 2022.

O grupo, no entanto, pretende aumentar os investimentos e a produção de gás natural liquefeito ao estabelecer uma serie de estratégia e metas de negócios para um possível futuro sem a Rússia – enquanto ainda não corta os vínculos.

“Não há futuro com a Rússia nesta apresentação”, disse o presidente-executivo Patrick Pouyanne. “Menos Rússia, mais EUA”, acrescentou durante a apresentação aos investidores, citado pelo Reuters.

E mais! Enquanto a Europa luta para encontrar alternativas ao gás russo, a TotalEnergies disse que aumentaria as vendas de GNL em 3% ao ano até 2027 e aumentaria a produção de GNL em 40% de 2021 a 2030.

O grupo anunciou no fim de semana um grande investimento em uma instalação de GNL no Catar, pois busca diversificar para longe da Rússia – um dos principais exportadores de GNL.

As despesas de capital serão aumentadas para US$ 14-18 bilhões por ano até 2025, de US$ 13-16 bilhões anteriormente, com investimentos direcionados à energia eólica e solar, economia de energia e capacidade de GNL.

A petrolífera também disse que manteria seu programa de recompra de ações de US$ 7 bilhões para 2022 e pagaria um dividendo especial de 1 euro por ação em Dezembro deste ano.

As novas metas e o dividendo especial provavelmente agradarão os investidores, mas o futuro dos investimentos russos da empresa – incluindo participações minoritárias na Novatek, Yamal LNG e Arctic LNG 2 da Rússia – continua sendo o elefante na sala, disseram analistas.

Analistas dizem que a incerteza sobre a Rússia, bem como o impacto de um possível imposto inesperado da União Europeia para grupos de energia que se beneficiaram da alta dos preços, explicam o relativo baixo desempenho das ações da TotalEnergies, apesar dos lucros recordes.

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