Botsuana passa a exportar carvão através do Porto de Maputo

Botsuana passa a exportar carvão através do Porto de Maputo

O primeiro comboio de 40 vagões com duas mil toneladas de carvão mineral extraído no Botsuana chegou ao Porto de Maputo, esta terça-feira, confirmando que Moçambique passa a ser uma das rotas para a exportação daquele produto.

Este é um marco dos acordos alcançados entre os presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, no quadro da recente visita do estadista moçambicano a este país.

Falando após a chegado dos vagões, o Director Executivo dos CFM-Sul, Augusto Abudo, explicou que a locomotiva chegou a Maputo depois de percorrer cerca de 1400 quilómetros, entre o Botsuana, Zimbabué e Moçambique.

Em Moçambique, o comboio viajou cerca de 535 quilómetros, a partir da fronteira de Chicualacuala, na província de Gaza. O carvão foi extraído da mina de Morupule, na região mineira de Palapye, no Bostuana.

A ideia, segundo Augusto Abudo é, numa primeira fase, os exportadores tsuanas passarem a transportar por Maputo 32 mil toneladas de carvão mineral por mês, o equivalente a uma média de quatro comboios por semana.

Augusto Abudo considera que o preço internacional do carvão tende a subir, o que faz com que muitos operadores mineiros procurem pelos portos nacionais para a exportação dos seus minérios.

Aliás, segundo a fonte, além do Botswana, o Porto de Maputo tem esporadicamente recebido mercadorias da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RD Congo).

“Portanto, a partir do Zimbabué é possível conectar vários países do interland e temos a partir da linha do Limpopo conseguido receber carga e acreditamos que podemos conectar todos os países da África Austral”, disse.

Disse que, na sequência de vários investimentos realizados nos últimos anos para a manutenção da ferrovia, pode se considerar que a linha do Limpopo é segura para o transporte de mercadorias e de passageiros.

“Estamos neste momento a fazer dois comboios por dia nesta linha, mas podíamos fazer mais porque a linha do Limpopo está capacitada para mais e podemos assumir que ela está a operar abaixo das suas capacidades”, sustentou Augusto Abudo, que também apelou às comunidades que vivem nas proximidades das linhas para que evitem praticar actos de sabotagem das ferrovias, um prejuízo para toda a economia do país.

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