Acordo de Mobilidade na CPLP preocupa empresários

Acordo de Mobilidade na CPLP preocupa empresários

Os empresários da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) mostraram-se preocupados com a demora na implementação do Acordo de Mobilidade entres os Estados-membros da comunidade durante a reunião da Direcção e da Assembleia-Geral da Confederação Empresarial (CE-CPLP).

Na ocasião, os presentes enalteceram assinatura do Acordo de Mobilidade pelos Governos da CPLP em Julho de 2021, em Angola, mas disseram que a sua implementação “deixa a desejar” uma vez que já se esperava iniciar em Janeiro de 2022.

De acordo com o presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula, o processo não satisfaz os intentos dos homens de negócios dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Segundo Abdula, o trabalho árduo e persistente que a sua direcção está a desenvolver, desde 2014, encontrou na cimeira de Angola o seu ponto mais alto, com a assinatura do Acordo de Mobilidade.

“Entretanto é necessário maior pragmatismo na implementação deste Acordo, de modo a derrubar as barreiras que ainda imperam na realização de negócios e criam dificuldades à circulação dos nossos cidadãos”, disse.

O responsável apelou ao trabalho conjunto que permita os cidadãos e empresários, em particular, circularem livremente dentro da comunidade, criando maior dinamismo nas relações comerciais e socioculturais entre os povos.

“Somos uma comunidade e devemos nos posicionar como tal”, disse Salimo Abdula.

Entre as maiores dificuldades que os empresários dos PALOP encontram está, em particular, a obtenção de vistos de entrada para a República de Portugal, sendo, no entanto, mais fácil o contrário.

Além do tema sobre a mobilidade na CPLP, os empresários, em representação das suas entidades associadas da CE-CPLP, aprovaram, por unanimidade, o relatório de contas e actividades da organização.

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