Ucrânia exige reunião com Rússia sobre invasão militar

Ucrânia exige reunião com Rússia sobre invasão militar

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse, este domingo, que a Rússia não respondeu à solicitação de uma reunião urgente com a Rússia para discutir a concentração de tropas e equipamentos militares de Moscou perto da Ucrânia e dentro da Crimeia anexada.

O documento de Kiev foi endereçado, na sexta-feira, através da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) exigindo que a Rússia explicasse suas actividades. A Ucrânia agora demanda um encontro com a Rússia dentro de 48 horas, segundo Dmytro Kuleba.

As declarações de Kuleba vieram antes de esforços diplomáticos renovados destinados a impedir uma temida invasão russa, com o chanceler alemão Olaf Scholz chegando à capital ucraniana, hoje, para conversas sobre a crise com o Presidente Volodymyr Zelenskyy.

Em outros desenvolvimentos das tensões militares, os ministros das Finanças do grupo G7, de grandes economias ocidentais, alertaram a Rússia de que enfrentará consequências económicas “maciças” caso invada a Ucrânia e prometeram apoiar a economia deste último em caso de qualquer ataque.

“Nós, os ministros das Finanças do G7, destacamos nossa prontidão para agir rápida e decisivamente para apoiar a economia ucraniana”, escreveram em comunicado conjunto.

“Qualquer outra agressão militar da Rússia contra a Ucrânia será recebida com uma resposta rápida, coordenada e contundente”, acrescentaram os ministros, alertando Moscou sobre “sanções económicas e financeiras que terão consequências massivas e imediatas na economia russa”.

O G7 é formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.

Por outro lado, o Governo russo decidiu não enviar um representante para a Conferência de Segurança de Munique deste ano, segundo o presidente do evento, Wolfgang Ischinger.

A conferência, conhecida como “Davos pela defesa”, começa na sexta-feira e vai reunir a elite mundial de defesa e segurança.

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