BAD investe USD 5 mil milhões na construção de ferrovia e porto em Nacala

BAD investe USD 5 mil milhões na construção de ferrovia e porto em Nacala

A construção de uma linha ferroviária e um porto de águas profundas em Nacala, província de Nampula, vai beneficiar de um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estimado em mais de cinco mil milhões de dólares, para impulsionar o comércio marítimo e acesso ao mercado.

Esta informação foi revelada pela Directora-geral do BAD para África Austral, Leila Farah Mokadem, no primeiro dia da Conferência Internacional Crescendo Azul, realizada este mês, em Vilankulo, Inhambane.

Uma fonte da instituição garantiu, esta quinta-feira, a existência do fundo para impulsionar o comércio em Nacala, e torná-la numa zona de referência regional.

A nossa fonte, que não pôde revelar mais detalhes sobre o projecto do BAD para aquela região do país, assegurou que, em breve, as linhas gerais do investimento serão do conhecimento público.

O BAD participou da Conferência Internacional Crescendo Azul pela segunda vez, e, na ocasião, Leila Farah Mokadem assumiu o compromisso da instituição em continuar a apoiar Moçambique “a libertar o potencial da Economia Azul na era pós-pandémica, [incentivando] abordagens de governação regional à resiliência costeira e à gestão das pescas transfronteiriças no Canal de Moçambique e na região do Oceano Índico”.

De acordo com uma nota de imprensa, o BAD assinou um memorando de parceria com o Centro Global de Adaptação, do qual resultou o “Programa de Aceleração da Adaptação de África”, prevendo-se a mobilização mais 25 mil milhões de dólares para a construção de sistemas resilientes às mudanças climáticas.

Além de participar do “Crescendo Azul”, a Directora-geral do BAD para África Austral e outros funcionários do banco mantiveram diálogos separados com a Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Augusta Maita, e com o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, tendo abordado assuntos sobre o desenvolvimento do Norte de Moçambique, através da Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte de Moçambique (ERDIN); a transformação do sector agrícola; o processo de revisão da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Económico para os próximos 20 anos (ENDE) e assuntos de estabilidade macroeconómica.

Por outro lado, a Directora do BAD manteve encontro com empresárias moçambicanas onde abordaram os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do sector privado no país e a recuperação económica pós-covid-19, através do ponto de vista de mulheres empresárias.

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