Robustez empresarial moçambicana cresceu um ponto percentual no terceiro trimestre de 2023

Robustez empresarial moçambicana cresceu um ponto percentual no terceiro trimestre de 2023

A robustez do tecido empresarial moçambicano cresceu um ponto percentual para 29% no terceiro trimestre de 2023, relativamente ao trimestre anterior, quando se situou em 28%, revelou, hoje, em Maputo, o Presidente das Associações Económicas-CTA, Agostinho Vuma.

“A tendência do índice de robustez empresarial no terceiro trimestre deste ano de 2023 foi de ligeira melhoria depois de uma estagnação em dois períodos. A avaliação desse índice de robustez empresarial é de crescimento de um ponto percentual e, por isso, está fixado em 29% contra os 28% do trimestre anterior”, disse, notando que “este desempenho, ainda que superior ao trimestre anterior, mostra-se bastante frágil”.

Entre as razões desse crescimento miúdo destacam-se o início tardio da comercialização agrícola devido aos efeitos das inundações e cheias que obstruíram vias de escoamento de produtos e, consequentemente, elevaram os custos de logística; os aumentos dos encargos financeiros com a banca, a taxa mimo e reservas obrigatórias, que levaram ao aumento do endividamento das empresas – elas  absorvem 48,5% dos empréstimos bancários; e o contínuo aumento das facturas por pagar aos fornecedores por parte do Estado, o que significa que, na sua maioria, as Pequenas e Médias Empresas moçambicanas estão a financiar  o Estado moçambicano, “limitando o seu crescimento”.

Durante o Econimic Briefing 2023, de apresentação do Índice de Robustez Empresarial, Vuma referiu que a avaliação ocorreu num contexto em que a economia nacional segue em duas velocidades.

“Uma é guiada pelos grandes projectos do sector extractivo, que está a registar crescimento extraordinário. É aqui onde realçámos a ansiedade do sector privado na retoma dos projectos da Área 1, liderado pela Total Energies. A outra velocidade é guiada pelos sectores tradicionais da nossa economia, onde tem crescimentos bastante ligeiros, senão negativos, com destaque para a indústria transformadora, pesca e construção civil”, notou.

De acordo com Vuma, a fragilidade da economia moçambicana requer a implementação de instrumentos flexíveis às medidas de contenção de choques, particularmente, os externos.

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