Renamo acusada de má gestão de 18 milhões de dólares do dinheiro público

Renamo acusada de má gestão de 18 milhões de dólares do dinheiro público

O deputado da Renamo, Venâncio Mondlane, descreve o Conselho Nacional da Renamo, realizado no domingo, como tendo sido autocrático, ditatorial, fúnebre e assustador, porquanto não abordou aspectos irrevogáveis conforme os estatutos do partido.

O antigo assessor de Ossufo Momade diz que o encontro violou os estatutos do partido por não ter debatido o exercício financeiro dos últimos cinco anos (relatório de contas), a proposta do orçamento para 2025.

“Em relação ao relatório financeiro nada foi apresentado. E isto é grave porque um dos cavalos de batalha é a gestão financeira. É o cerne de tudo” disse, vincando que a fuga aos assuntos económicos do partido durante o encontro a Renamo deu “um tiro no próprio pé”.

Feitas as contas, de acordo com o deputado, os 60 assentos da Renamo na Assembleia da República, incluindo algumas doações, rendem ao partido, em média, 10 milhões de meticais por mês, ou 120 milhões anuais. A esse valor se acrescem cerca de 90 milhões de meticais por ano canalizados ao gabinete do líder do segundo partido mais votado e com assento parlamentar. Em cinco anos, o valor combinado ronda em 15 milhões de dólares por ano.

​Citando os estatutos do partido, referi que a responsabilidade de elaborar as contas das actividades do partido é do Secretário-Geral que, a posterior, deve submeter à Comissão Política para avaliação entrega ao Conselho Nacional para aprovação.

“O problema está em toda esta cadeia”, referiu, notando que o tema não foi abordado porque houve má gestão do fundos, provenientes do erário público.

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