​Naufrágio/Ilha de Moçambique: Governo decreta Luto Nacional de três dias

​Naufrágio/Ilha de Moçambique: Governo decreta Luto Nacional de três dias

O executivo decretou Luto Nacional de três dias, a partir de quarta-feira (10), pela morte de 98 pessoas, em um naufrágio, na praia de Quissanga, na Ilha de Moçambique, província de Nampula.

​O naufrágio ocorreu no domingo (07), quando cerca de 130 pessoas a bordo de uma embarcação de pesca à vela seguiam do Posto Administrativo de Lungo para a praia de Quissanga, na Ilha de Moçambique, alegadamente, por estarem a fugir da cólera.

“O Conselho de Ministros determina a observância de Luto Nacional de três dias pela morte de 98 pessoas por naufrágio de uma embarcação ao largo da Ilha de Moçambique, província de Nampula, a partir das 00h do dia 10 de Abril até às 24 horas de 12 de Abril de 2024 em todo o território Nacional e todas as Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique”, anunciou o porta-voz do Conselho de Ministros.

Falando após a XI sessão do Governo, o porta-voz, Filimão Suaze, disse que foi constituída uma comissão de inquérito para apurar as causas da tragédia, bem como intensificar os mecanismos de informação sobre a cólera.

“O Governo condena a desinformação sobre a propagação da cólera no Posto Administrativo de Lungo, o que propiciou a retirada em massa da população para outros locais, por vai marítima”, disse.

Igualmente, foi instruído ao Ministro dos Transportes e Comunicação, Mateus Magala, para liderar uma equipa multissectorial constituída por vários órgãos do Governo, incluindo o Secretário de Estado, Jaime Neto, e o Governador provincial, Manuel Rodrigues.

“O Conselho de Ministros decidiu ainda criar uma comissão de inquérito para aprofundar as circunstâncias, causas e responsabilidades do acidente e trazer, posteriormente, recomendações ao Governo”, avançou.

Ele explicou que o “atraso” do Governo em fazer um prunciamento público teve a ver com a necessidade de se partilhar informações melhor apuradas, uma vez que os números sobre os óbitos estavam  a oscilar.

“Não há-de ter havido atraso nenhum. O nosso papel como Governo é de intervir a tempo com uma informação mais informada possível”, disse.

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