Moçambique vai receber 6,4 milhões de dólares por reduzir o corte de árvores usadas como combustível e assim travar emissões de carbono, anunciou esta sexta-feira o Fundo de Parceria para o Carbono Florestal, entidade financiadora da iniciativa.
“Moçambique é o primeiro país a receber pagamentos baseados em resultados por redução de emissões por desmatamento e degradação florestal”, lê-se em comunicado.
O objectivo é apoiar directamente as comunidades e assim evitar o aquecimento global e consequentes alterações climáticas.
O corte de árvores e outros arbustos é usado pela maioria da população para ter lenha com que aquecer os alimentos e noutras actividades diárias.
A verba que o fundo vai atribuir a Moçambique premeia acções em nove distritos da província da Zambézia, centro do país: Mocuba, Mulevala, Mocubela, Alto-Molocue, Maganja da Costa, Pebane, Ile, Gilé e Gúruè.
“O pagamento é um reconhecimento da contribuição de Moçambique para a implementação de actividades de redução de emissões, tais como a adopção de práticas agrícolas sustentáveis, monitorização do uso de recursos florestais ou restauração de terras degradadas”, explica o fundo em comunicado.
As comunidades locais dos nove distritos “receberão uma parte dos pagamentos de acordo com a sua contribuição para a redução do desmatamento”.
Se o país continuar a travar a queima de floresta e matas poderá receber mais dinheiro: até 50 milhões de dólares se conseguir travar 10 milhões de toneladas de emissões de carbono e, em simultâneo, aumentar o sequestro de carbono por um período de seis anos.
Agência Lusa