Moçambique: Joe Biden pode suspender financiamento americano a projecto de GNL

Moçambique está entre os países que vão receber ajuda dos EUA

O projecto de produção e exploração de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Moçambique pode ficar privado de receber financiamento dos Estados Unidos da América (EUA), depois de o Presidente americano, Joe Biden, mandar suspender a ajuda federal a novos e “velhos” projectos de combustíveis fósseis no exterior, embora haja excepções.

A decisão dos EUA que ordena a suspensão imediata de financiamento americano para o exterior destinado a novos projectos de exploração de combustíveis fósseis, nomeadamente de carvão e de grandes emissões de carbono, representa uma grande mudança de política projectada para combater as mudanças climáticas e acelerar a energia renovável a nível mundial.

Um documento detido pela imprensa internacional indica que os EUA estão engajados nos compromissos com a produção de energia verde, sendo este o propósito das políticas mais urgentes do Governo Biden.

“Nosso compromisso internacional de energia se concentrará na promoção de energia limpa, avanço de tecnologias inovadoras, aumento da competitividade em tecnologia limpa dos Estados Unidos e fornecimento de financiamento e assistência técnica para apoiar transições líquido-zero em todo o mundo”, lê-se.

Esse bloqueio de investimento abrange não apenas novos projectos, mas também aqueles cujo investimento já tinha sido aprovado há muito tempo “como é o caso de Moçambique” – incluindo projectos específicos em que o financiamento ainda não foi direccionado.

A mudança de política pode afectar vários projectos estrangeiros, incluindo terminais na Europa Oriental e no Caribe para receber remessas de gás natural dos Estados Unidos. Além disso o novo ditame descarta outras formas mais ‘suaves’ de apoio governamental, incluindo assistência diplomática e técnica que beneficia desenvolvedores de condutores, terminais de GNL e outros projectos no exterior.

A política contém isenções importantes, inclusive para questões imperiosas de segurança nacional, considerações de política externa ou a necessidade de expandir o acesso à energia em áreas vulneráveis. Também não se aplica a projectos existentes, incluindo alguns apoiados pelos EUA.

Apesar de ser o Governo americano a reter o financiamento, isto não impede que o sector privado americano apoie o desenvolvimento de projectos de carvão e GNL, no exterior, segundo o documento.

“Enquanto houver demanda por produtos, tecnologias e serviços de energia fóssil nos mercados globais, o Governo dos EUA não impedirá as empresas americanas que estão prontas e capazes de atender a essas necessidades”, lê-se.

E, por outro lado, os EUA vão investir nas empresas energéticas americanas “especialmente as pequenas e médias empresas, a atingir seus objetivos comerciais sem comprometer as ambições climáticas globais”.

Fonte: com

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