Moçambique tem um potencial de reservas de gás capazes de gerar receitas de cerca de 100 mil milhões de dólares durante o seu ciclo de vida, segundo um relatório da Deloitte, consultado hoje pelo MZNews.
“Prevê-se que o gás traga cerca de 100 mil milhões de dólares de receitas para Moçambique durante o seu ciclo de vida”, lê-se no documento.
A constatação aponta para capacidade de o país, através das suas reservas de gás, se tornar em um dos 10 principais produtores mundiais, sendo responsável pela produção de 20% do total de energia do continente africano nos próximos 25 anos, ou seja, até 2040.
O relatório refere que o país poderia posicionar-se para contribuir significativamente para as necessidades energéticas mundiais, tanto durante o período de transição energética como através do estabelecimento de uma forte capacidade em toda a cadeia de valor das energias renováveis.
As reservas de gás de Moçambique antecipam uma pegada de carbono mais baixa em comparação com o carvão ou o petróleo.
Por outro lado, o documento reconhece que o potencial hidroeléctrico do país apresenta uma vantagem competitiva para a descarbonização da indústria regional. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa tem capacidade para gerar dois mil Mega Watts e a projectada barragem de Mphanda Nkuwa deverá produzir até 1.500 Mega Watss.
“O país tem também um elevado potencial solar, com duas centrais já instaladas com uma capacidade total de 80MW, em Mocuba e Metoro”, refere.
(i)a definição pelo país de um plano estratégico para cada fonte de energia; (ii) o desenvolvimento de cadeias de valor e indústrias locais ligadas às energias renováveis e produtos associados; (iii) a atração do sector privado, a promoção da liberalização económica e a promoção e facilitação do investimento sustentável em infra-estruturas; e (iv) a gestão da carteira nacional de energia e a melhoria do quadro jurídico.
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