A população de Macanjira, dos povoados de Madi e Lukono, no distrito de Mangochi, no Maláui, está a usurpar terras moçambicanas para fins agrícolas, na localidade de Chala, posto administrativo de Lione, no distrito de Chimbunila, na província de Niassa.
Os moçambicanos estão revoltados com a invasão, e, à calada da noite, destruíram as machambas de milho em fase de maturação constituídas pelos malauianos, segundo a Rádio Moçambique.
Os malauianos sentem-se injustiçados. Dirigiram-se a Chala para obter explicações. A pronta intervenção da polícia evitou escaramuças.
Esta clivagem, segundo as autoridades de Chimbunila, se deve à remoção de marcos. No entanto, adiantam que a invasão de terras internacionais viola os acordos de reafirmação da fronteira existente entre os dois países.
A representação diplomática moçambicana no Maláui reuniu-se com as autoridades de Mangochi no Maláui e de Chimbunila no Niassa para a busca de soluções urgentes, enquanto se aguarda pela chegada de uma equipa multissectorial de peritos para a resolução do caso.
A fronteira comum entre Moçambique e Maláui é de 1.400 quilómetros, dos quais 888 são de terra firme, 322 de divisória lacustre e 190 de fronteira fluvial.
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