Todos os funcionários da agência dos Estados Unidos para o desenvolvimento internacional (USAID) vão ser colocados em licença administrativa a partir de sexta-feira, incluindo no estrangeiro, de acordo com um documento divulgado no portal da organização.
“A partir de sexta-feira, todo o pessoal contratado directamente pela USAID será colocado em licença administrativa em todo o mundo, com excepção do pessoal designado responsável por funções de missão crítica, liderança central e programas especialmente designados”, diz um comunicado publicado no portal da USAID, que voltou a estar online depois de ter ficado às escuras na semana passada.
O comunicado informa que está a preparar um plano para o pessoal destacado fora dos Estados Unidos “segundo o qual a Agência organizará e pagará as viagens de regresso aos Estados Unidos no prazo de 30 dias” e rescindirá “os contratos que não forem considerados essenciais”.
Como o nome indica, um contratado directo é um funcionário público directamente empregado pelo Governo dos EUA, ao contrário dos contratados, que constituem uma grande parte da força de trabalho da USAID. Muitos desses contratantes já foram dispensados ou despedidos. O pessoal essencial que se espera que continue a trabalhar será informado até quinta-feira à tarde.
Segundo uma publicação da CNN, que cita a mesma nota da USAID, os funcionários que trabalham no estrangeiro e as famílias têm 30 dias para regressar aos Estados Unidos.
A directiva surge no momento em que a administração Trump começou a desmantelar a agência e a congelar quase toda a ajuda externa. Um dia antes, o Secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que seria o administrador interino da USAID, confirmando a tomada de facto da agência humanitária pelo Departamento de Estado.
A USAID emprega cerca de 10 mil pessoas, dois terços das quais estão destacadas no exterior, de acordo com o Serviço de Investigação do Congresso.
Nos últimos dias, dezenas de altos funcionários da USAID foram colocados em licença, milhares de contratados foram despedidos e os funcionários foram informados esta semana para não se apresentarem na sede da agência em Washington.
(Foto DR)
Deixe uma resposta