Cuidar, para a má gestão da LAM não corromper empresas lucrativas – alerta economista

Cuidar, para a má gestão da LAM não corromper empresas lucrativas – alerta economista

O economista Egas Daniel congratula a decisão de o Governo alienar 91% das acções do Estado na empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) às empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE), entretanto, alerta para tomada de medidas por forma a não se deixarem afectar pela cultura má gestão da companhia aérea.

Para Daniel, do ponto de vista e uma ressurreição financeira e operacional da LAM a medida do executivo parece ser acertada, uma vez que os cerca de 130 milhões de dólares que se pretendem arrecadar vão permitir a aquisição de uma frota própria para a companhia, deixado de fretar aeronaves.

Consoante a fonte, que falava à Rádio Moçambique, os problemas crónicos da LAM desde a realização de voos com poucas aeronaves, incapacidade de fornecer serviços de forma eficiente, como atrasos, cancelamentos de voos, entre outros “justificam uma intervenção e sentenciava a empresa à falência técnica”.

“Essa injecção de capital, por parte de outras empresas públicas, pode representar um reavivamento, ou, pelo menos, uma tentativa de intervenção estrutural estratégico e de um alto investimento no principal activo que qualquer empresa de aviação deve ter, que são os aviões, para ter maior independência e maior flexibilidade na sua operação, quiçá, melhor os seus serviços” disse.

Contudo, a considerar que a LAM já vem há longos anos a operar de forma ineficiente e danosa, alerta para as empresas adquirentes, Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros, não se deixaram infectar pela má gestão da LAM, sob pena de adquirem prejuízos, quando, na verdade, representam as poucas empresas lucrativas do SEE.

“Se não se rever questões e decisões estratégicas desfavoráveis à própria LAM, pode se transferir esse risco para empresas lucrativas, como a HCB e a CFM. É caso para dizer que é bom que as más companhias não corrompam os bons costumes. É bom que o problema operacional, gestão financeira e a cultura de prejuízos da LAM não sejam herdadas e transmitidas à HCB e CFM que, historicamente, têm apresentado lucros para o Estado, contrariamente às LAM” disse.

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