Austrália alerta para elevado risco de crise alimentar em Moçambique

Moçambique é apontado como um dos países com elevado risco de escassez alimentar, tendo registado o quarto maior aumento mundial no nível de insegurança alimentar.

A constatação foi feita pelo Instituto australiano de Economia e Paz, que analisou 228 países e territórios. No seu ‘Relatório de Ameaças Ecológicas (Ecological Threat Report – ETR)’ revela-se uma “relação cíclica entre a degradação ecológica e conflitos”, como guerra civil e terrorismo, dando Moçambique como um exemplo.

Inhambane é apontada como das oito regiões do mundo (todas situadas na África subsaariana) com maior risco de choques ecológicos “catastróficos”, lê-se na publicação online TSF que cita o estudo.

Por outro lado, países como Angola e Guiné-Bissau estão entre os países do mundo em maior risco de choques ecológicos.

Angola (10.ª posição) e Guiné-Bissau (16.ª) estão ameaçadas sobretudo pelo risco de escassez alimentar, rápido crescimento populacional e escassez de água.

O instituto, sediado na Austrália, sublinha que Angola será um dos países do mundo onde o risco de escassez de água sobe mais até 2040 e cuja população deverá crescer 132% até 2050 — o segundo crescimento mais rápido a seguir ao Níger.

O ETR sublinhou que existem actualmente mais de 1,4 mil milhões de pessoas em 83 países já em risco extremo de escassez de água.

O instituto estimou que o número de pessoas subnutridas no mundo aumentou 35% em 2021 para mais de 750 milhões e deverá continuar a aumentar devido ao impacto da degradação ecológica.

Pelo menos 41 países enfrentam actualmente “grave insegurança alimentar”, algo que deverá agravar-se devido à “crescente degradação ecológica, inflacção e guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, disse o ETR.

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