As duas últimas subidas do preço dos combustíveis estão a trazer apertos nas contas dos transportadores, que veem o seu negócio ameaçado. A Associação dos Transportadores Rodoviários na Cidade de Maputo reuniu-se, ontem, 27, junto dos seus associados, para discutir propostas de aumento da tarifa.
“Estamos a fazer cálculos, para sentarmos com quem de direito, no sentido de termos uma tarifa que possa cobrir os próximos momentos, porque, se nos precipitarmos, vamos pedir, por exemplo, um aumento de cinco Meticais que poderá não nos satisfazer”, explicou o presidente da ATROMAP, Batista Macuvele em declarações ao O País.
Para já fala-se de várias propostas colocadas à mesa de debate, de modo que o negócio continue a ser rentável para os transportadores. Um aumento de três Meticais na rota que actualmente se pagam 12 Meticais é uma das hipóteses que tem sido avançada em conversas de café.
O debate sobre o aumento do preço do Chapa vem se juntar aos recentes apelos feitos pelo presidente da Fematro, Sancho Mavunja, durante uma conferência de imprensa em que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reagiu ao último reajuste do preço dos combustíveis para o sector empresarial privado.
Na ocasião Mavunja disse que, após o aumento do preço dos combustíveis, os prejuízos causados pela subida generalizada de produtos e serviços estão a aumentar drasticamente para os operadores. Com efeito, o vice-presidente da FEMATRO disse que o reajuste do preço do transporte deveria ser automático.
Contudo, sem datas concretas, a ATROMAP promete, para breve, o anúncio da proposta final de reajuste da tarifa do transporte público.
De referir que a última subida do preço do “chapa” aconteceu em Janeiro de 2022, , mas a gasolina, por exemplo, registou uma subida cumulativa de 17 Meticais.
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