Analistas não descartam a possibilidade de o candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane, sofrer atentados contra sua integridade física ao seu regresso a Moçambique.
O académico português Fernando Cardoso, citado pela DW, e o activista social moçambicano, Wilker Dias, citado pela VOA, são unânimes em cogitar a possibilidade de existirem pessoas interessadas em aniquilar o maior símbolo dos movimentos de contestação actuais em Moçambique.
Mondlane, que saiu do país na sequência do assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, e rumores de que ele seria o próximo alvo, anunciou, recentemente, que vai estar junto dos seus apoiantes, em Maputo, no dia 7 de Novembro, último dia da marcha de oito dias, que iniciou na quinta-feira, 31 de Outubro.
Para Cardoso, agora em que o partido Frelimo perdeu a ética, haverão tentativa de o assassinar. Pelo que, na sua perspectiva, o candidato presidencial deve optar por resguarda-se.
“Eu acho que o regime não teria problema absolutamente nenhum em fazê-lo e negar que o tinha feito, porque sabe que não existe uma máquina atrás de Venâncio Mondlane… que deve continuar a sua luta num sítio onde possa continuá-la sem ser liquidado”, dentro ou fora do país (onde pode ser ainda mais difícil).
Por seu turno, Dias entende que a chega de Mondlane em Maputo pode colocá-lo em risco. Recordou o facto de a Polícia da República de Moçambique ter disparado gás lacrimogénio para o candidato presidencial em plena conferência de imprensa, durante as manifestações, em Maputo.
“Nada obsta que, futuramente, podemos ter situações em que poderá até sofrer atentado, aproveitando-se da agitação da população moçambicana” disse, depois de antever que as manifestações poderão atingir escaladas maiores no último dia da marcha.
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