Terrorismo/Cabo Delgado: MDN desmente jornal de Londres sobre alegações de atrocidades de militares contra civis

Terrorismo/Cabo Delgado: MDN desmente jornal de Londres sobre alegações de atrocidades de militares contra civis

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) nega e lamenta as acusações de que as Forças de Defesa de Segurança (FDS) cometem tortura, violência e atrocidades contra civis arredores das instalações da TotalEnergies, na península de Afungi, distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

Uma publicação recente do portal londrino politico.eu refere que a população de Afungi foi horrorizada pelas FDS quando nelas procuravam refúgio, quando fugia de fogo-cruzado entre as FDS e os terroristas islâmicos, durante o verão de 2021.

“Os soldados acusaram os moradores de serem membros da insurgência. Eles separaram os homens — um grupo entre 180 e 250 — das mulheres e crianças. Amontoaram-nos em contentores de transporte em ambos os lados da entrada, batendo, chutando e golpeando-os com coronhadas de rifle”, descreve o portal.

Além disso, relata que os homens foram mantidos nos contentores durante três meses.

“Espancaram, sufocaram, deixaram passar fome, torturaram e finalmente mataram seus detentos. No final, apenas 26 prisioneiros sobreviveram”, lê-se.

De acordo com o MDN os actos acusatórios descritos na publicação “não relatam elementos factuais que os sustentem”.

Entretanto, a publicação refere que as autoridades francesas já estão a investigar a Direcção da TotalEnergies sobre mortes de colabores da firma.

Diz a ainda que se levantam questionamentos sobre as ligações da TotalEnergies com os militares moçambicanos, descrevendo-os como torturadores.

“As actividades das FADM em Cabo Delgado têm sido exclusivamente focadas no combate aos actos terroristas, na protecção das populações e dos seus bens, assim como na garantia da segurança nas áreas ameaçadas pelos terroristas. Reitera o compromisso de continuar a garantir a defesa da soberania e integridade do território nacional, bem como a protecção das populações e dos seus bens para que o país continue a colher os frutos da paz e a consolidar a agenda de desenvolvimento socioeconómico”, lê-se no comunicado a que tivemos acesso.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.