Um grupo de empresas concluiu com sucesso o projecto de engenharia para o terminal de importação de Gás Natural Liquefeito (LNG) da Beluluane Gas Company (BGC), devendo passar a abastecer gás a partir de 2024.
O conjunto de empresas compreende a sul-africana Gigajoule, a multinacional francesa de energia TotalEnergies, a distribuidora de gás natural de Moçambique Matola Gas Company (MGC) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
Espera-se que o projecto atenda à crescente demanda de energia em Moçambique e África do Sul, através da rede de gasodutos da MGC, que será actualizada para aumentar sua capacidade de fornecer o potencial total da Rompco.
Segundo Jurie Swart, o CEO da Gigajoule, o Governo moçambicano atribuiu a concessão de importação de GNL à BGC e aprovou a construção de um novo gasoduto de 28 polegadas. Essa concessão conta com a operação de uma unidade de regaseificação de armazenamento flutuante permanentemente atracada (FSRU), infraestrutura marítima e um novo gasoduto de alta pressão.
A infra-estrutura de gás vai conectar o FSRU a uma nova central eléctrica a gás de 2.000 MW localizada na Matola, capaz de abastecer indústrias com energia mais limpa e vendável a uma tarifa competitiva de mercado.
O projecto inclui uma Instalação de Carregamento de Caminhões de GNL onshore (TLF) capaz de abastecer clientes por transporte rodoviário que não estejam situados perto da rede de distribuição do oleoduto.
“Isso se torna ainda mais importante desde o anúncio da alteração da Lei de Regulamentação da Eletricidade de 100 MW no início deste ano”, observa Swart.
O projecto está localizado próximo à infraestrutura existente do MGC e fica a apenas 90 km do gasoduto Rompco, o que torna desnecessária a construção de uma nova linha de abastecimento para Gauteng, na África do Sul.