A multinacional italiana Eni prevê investir três mil milhões de dólares para empresas moçambicanas dos sectores de bens e serviços técnicos e não especializados, avança a Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA, após um encontro com a petrolífera.
ENI partilhou os seus Planos de Conteúdo Local e de Procurement, destacando as contribuições do Projecto Coral Norte (Carbon Copy), que inclui a criação de 1.400 postos de trabalho e formação, bem como a transferência de know-how para quadros nacionais.
A empresa anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento com instituições financeiras e a banca comercial, visando facilitar o acesso ao financiamento com taxas bonificadas e uma actividade de OPEN DAY em Pemba e Maputo, onde as empresas terão a oportunidade de interagir directamente com os serviços de procurement ao mais alto nível. O procurement está, neste momento, focado na avaliação do concurso basado na componente do benefício no país e na participação local.
A ENI revelou que o projecto Coral Sul investiu, até ao momento, USD 800 milhões para empresas moçambicanas.
Relativamente aos requisitos gerais de elegibilidade para concursos, a ENI explicou que será realizado um processo de due diligence para aferir a conformidade Legal, Fiscal, Operacional e Reputacional das empresas concorrentes. As áreas de verificação incluirão os domínios financeiro, jurídico, técnico, saúde, segurança, ambiente, tecnologia e responsabilidade social.
Uma nota particularmente relevante para as PMEs é a eliminação da obrigatoriedade de certificação ISO para participação em concursos. A ENI informou que, para garantir o aproveitamento das oportunidades pelas PMEs, passará a aceitar a apresentação de um Sistema de Gestão funcional, mesmo que não seja certificado pela norma ISO, medida essa que foi amplamente acolhida pelos representantes do sector privado.
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