OPEP+ reúne-se para debater a política de produção de petróleo

OPEP+ reúne-se para debater a política de produção de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Rússia e aliados (OPEP+) vai debater a política de produção de petróleo, esta terça-feira, com o objectivo de aumentar a oferta, num contexto cada vez menos preocupante com a propagação da variante ómicron da covid-19.

Fontes próximas ao processo indicam que a OPEP+ poderá consolidar a ideia de aumentar a produção e disponibilizar cerca de 400.000 barris de petróleo por dia já no próximo mês, como tem feito todos os meses desde Agosto de 2021.

Analistas consideram remota probabilidade de a OPEP+ recuar do plano, considerando, neste sentido, a actual perspectiva de preços, a pressão da administração do Presidente dos EUA Joe Biden para aumentar a oferta, e a inexistência de novas grandes restrições de mobilidade no contexto da pandemia da covid-19.

“Embora os casos ómicron continuem a subir nas principais geografias, a ausência de restrições generalizadas de bloqueio irá provavelmente manter sob controlo as preocupações de procura a curto prazo”, disseram os analistas numa nota.

A primeira reunião será do Comité Conjunto de Monitorização Ministerial, seguido de uma reunião ministerial, ambas por videoconferência.

A expectativa dos investidores sobre as decisões da reunião de hoje levou a uma descida de preços antecipada, logo no início do dia. Os futuros do petróleo bruto Brent perderam 25 cêntimos para 78,74 dólares por barril, enquanto o petróleo bruto U.S. West Texas Intermediate reduziu 19 cêntimos para 75,89 dólares por barril. Os dois contratos de referência subiram mais de um porcento na segunda-feira.

Por agora a OPEP+ é que tem a maior força de gestão dos preços de petróleo a nível mundial e da oferta ao mercado, segundo a perspectiva da analista da Energy Aspects, Virendra Chauhan.

A fonte disse ainda que as preocupações com a procura de combustível devido à propagação da ómicron estão a diminuir e as disponibilizações previstas de crude de várias reservas estratégicas nacionais de petróleo são menores do que o esperado.

Por agora as expectativas são boas, porém o rumo pode ser outro se a tensão entre o Ocidente e a Rússia sobre a Ucrânia se reacender e atingir o abastecimento de combustível, ou se as conversações nucleares do Irão com as grandes potências fizerem progressos, o que levaria ao fim das sanções petrolíferas contra o Irão.

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