Moçambique será o maior produtor de gás da África Subsaariana

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Moçambique a caminho de se tornar uma potência indiscutível na produção de gás natural liquefeito ao nível da África Subsaariana. Será o fim da dependência externa? O tempo dirá. Mas para já, os dados que a seguir apresentamos são promissores.

É que segundo os dados do novo estudo efetuado pela companhia Rystad Energy publicado no portal OilPrice, Moçambique poderá se tornar o maior produtor de gás ao nível da região Subsaariana. Aliás, segundo o mesmo estudo, Moçambique possui 7% das reservas de combustíveis “líquidos” dessa região.

“Com a procura global de gás a continuar a aumentar e com os países importadores a sofrerem de dores de cabeça devido a problemas de fornecimentos, as perspectivas de produção na região são prometedoras”, diz o estudo, e ao que tudo indica, Moçambique estará na dianteira deste processo.  “A produção em águas profundas continuará a crescer na década de 2030 duplicando no espaço de cinco anos para 2,1 milhões de BOEPD até 2035 o que será 46% da esperada produção total de gás de 4 milhões de BOEPD da região”, acrescenta o estudo, que é citado pela Voz da América.

“A produção de gás natural na África subsaariana tem sido historicamente baixa, mas isso deverá mudar devido a descobertas significativas em águas profundas não desenvolvidas em países como Moçambique, África do Sul e Mauritânia” diz o estudo que afirma que projecto da Total em Moçambique deverá começar a produzir em 2028 numa área onde existem reservas de 2.300 milhões de BOE.

O Estudo diz ainda que Moçambique tem 52% de todos os recursos recuperáveis na zona. A produção na África subsaariana deverá atingir os cinco milhões de Barris Por Dia em 2035.

“Cerca de 40% dos recursos recuperáveis em água profundas na região são líquidos dos quais 33% na Nigéria e 31% em Angola”, diz o estudo que acrescenta.

“O Gana e Moçambique são dois outros países com recursos significativos não explorados, constituindo 8% e 7% respectivamente nas reservas de líquidos em águas profundas”, acrescenta o documento que avisa, contudo, que projectos de águas profundas na África subsaariana são “arriscados” devido a questões relacionadas com custos, acesso a financiamento e “outros riscos no terreno”.

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