Moçambique arrecadou 34.8 milhões de dólares decorrentes da exportação de 6.114 toneladas de diversos produtos pesqueiros até ao fim do terceiro trimestre de 2021, segundo o informe anual sobre o estado da Nação, prestado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na semana passada.

O produtos que mais contribuíram – em mais de 100% – para o alcance desse resultado foram a lagosta, do caranguejo vivo, da tilápia de aquacultura e o aumento em 50% das exportações dos cefalópodes (molusculos do tipo polvos e lulas) e da kapenta (sardinha).

Outro factor que muito contribuiu para o resultado em apreço foi a implantação de infra-estruturas de produção e processamento de pescado, capacitação e assistência técnica e financiamento.

O Presidente referiu-se à implementação do Projecto de Desenvolvimento da Aquacultura de Pequena Escala (PRODAPE), no valor de 49 milhões de USD.

“Este projecto está orientado para a pequena indústria de aquacultura nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica e Sofala”, recordou Nyusi, avançando a previsão de produção de 28 mil toneladas de pescado e geração de 17 mil empregos até 2026.

O Executivo também se empenhou no aumento da disponibilidade de pescado, construindo 326 unidades de produção aquícola, das quais 226 tanques e 100 gaiolas flutuantes, tendo repovoado 433 unidades de produção aquícola com 1.055.826 alevinos.

Segundo o Chefe de Estado, em resultado dos investimentos realizados nas pescas e aquacultura, registou-se um incremento da produção do pescado, tendo alcançado um total de 323.242 toneladas de pescado, correspondentes a um desempenho de 67% face ao plano anual e um crescimento de 4%, em comparação com o ano de 2020.