Moçambique fechou o ano de 2021 com uma dívida de dois mil milhões de dólares com o Fundo Monetária Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) segundo um relatório das instituições bancárias.
O BM – instituição que mais emprestou em 2021 – vem aumentando o valor dos empréstimos há quatro anos. No ano passado cedeu 1.138 milhões de dólares, contra 527 milhões em 2020, enquanto em 2019 disponibilizou 560 milhões. Em 2018 desbloqueou 525 milhões.
Até ao último dia de Novembro, Moçambique tinha um saldo perto de 500 milhões de dólares com o FMI, derivado de compras e empréstimos, na altura ainda pendentes.
A soma das dívidas das duas instituições atinge 1.6 mil milhões de dólares.
Quer o FMI, quer Banco Mundial não exibem informações sobre os juros que Moçambique deve pagar com esses empréstimos.
Até Junho de 2021, o stock total da dívida de Moçambique (interna e externa) situava-se em 13.3 mil milhões de dólares, o equivalente a 87,11% do Produto Interno Bruto (PIB).
As perspectivas do FMI até ao fim de 2021, indicavam que o país estaria sobre-endividado, com empréstimos a atingirem os 125,3%, podendo tornar-se no mais endividado da África Austral.
Dados de Junho de 2021, publicados num relatório do Banco de Moçambique sobre a estabilidade financeira, indicavam que “o rácio da dívida pública/PIB passou de 97,48%, em Dezembro de 2020, para 87,11%, no fim do I Semestre do ano passado, reflectindo o efeito da queda da dívida total (11%) resultante da redução da componente externa (16%)”.
Fonte: carta