Moçambicanos marcham pela Liberdade na véspera do Dia da Independência Nacional

Moçambicanos marcham pela Liberdade na véspera do Dia da Independência Nacional

Dezenas de cidadão moçambicanas aderiram à Marcha pela Liberdade, na cidade de Maputo, no sábado (24), dia antes da celebração do Dia da Independência Nacional, que se assinala hoje, domingo (25), em todo o país.

Entre tantos estavam empunhados cartazes contestatários do actual modelo de governação. Enquanto alguns pediam a igualdade e limites salariais ouros queriam mesmo e ver o “Povo no Poder”.

Esta Marcha pacífica foi convocada igualmente para homenagear os bons filhos do país que tombaram em prol de uma nação livre e justa, como Eduardo Mondlane e Samora Machel. Mas também, visava contestar o comportamento da Polícia da República de Moçambique aquando da marcha de 18 de Março no âmbito da morte do rapper moçambicano Edson “Azagaia” da Luz. Naquele dia a polícia reprimiu os manifestantes com violência incluindo o uso brutal da forca, força canina e gás lacrimogénio. Desta vez a polícia conteve a força.

“A repercussão que teve a marcha de 18 de Março contribuiu para esta autorização, a Polícia revisitou aquilo que é a sua missão e compreendeu que o povo tem os seus direitos e a marcha tem que ser com ordem e com segurança e aqui podemos ver que ela está presente para garantir a segurança e que as pessoas possam livremente observando o seu direito constitucional”, disse Armando Mahumane, porta-voz da Comissão Organizadora da Marcha.

Num cruzamento da Avenida Eduardo Mondlane, houve aplausos “pela democracia” quando a marcha pela liberdade se cruzou com outra, em sentido contrário, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, segunda bancada parlamentar depois da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde a independência.

A Marcha colocou em altifalantes as músicas do rapper Azagaia, que se notabilizou na cena musical com música e críticas construtivas.

A marcha percorreu o coração da capital, desde a estátua de Eduardo Mondlane até à de Samora Machel, em frente ao edifício Conselho Municipal de Maputo, onde se celebra o 25 de Junho  e onde tudo começou no 18 de Março.

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