Eitah! Aqui temos o que me parece ser uma estratégia de um “bom bandido”, levada a cabo por Adriano Nuvunga. Este sim, merece ser chamado de “El Chapo”.
Na minha nebulosa visão, e de tão pouco alcance, Nuvunga deu, esta segunda-feira (05) um golpe de mestre à política de dúbias constatações. Lançou o Relatório Sobre a Situação dos Direitos Humanos em 2023, e deixou claro que as instituições do Estado respeitam esses princípios, principalmente, a Polícia da República de Moçambique. Como referiu, a situação é “horrível”.
Mas então, que golpe é esse?! É que, olhando para o relógio, o lançamento daquele relatório ocorreu nas vésperas do último Informe Sobre o Estado da Nação a ser proferido já na quarta-feira (07.08) pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Com isso, me parece que, estrategicamente, existe um impulso para, antecipadamente, despir o discurso de Nyusi de possíveis contornos à verdade no que respeita aos direitos humanos em Moçambique.
Ao se lançar o relatório do Centro para Democracia e Direitos Humanos a menos de 72 horas para o PR apresentar o seu discurso, posso inferir, comigo mesmo, que se abre uma janela para os magos redactores dos discursos presidenciais remendarem as linhas. Penso nisso porque, mesmo a situação sendo caótica, os discursos políticos renovam as esperanças e inspiram confiança…
Mas lá está, até que ponto Nuvunga é um bom bandido, capaz de inflar seu peito perante os seculares discursos políticos? (Emmanuel Mocinha. Imagem: DR)
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