Governo aposta no reforço de sistemas de aviso prévio face aos eventos extremos

O Governo reitera a aposta em iniciativas para o fortalecimento dos sistemas de aviso prévio para a mitigação dos impactos dos eventos extremos que têm afectado o país.

O facto foi revelado na última sexta-feira, 10 de Junho, em Maputo, pelo vice-presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Gabriel Monteiro, no workshop internacional sobre conhecimento de riscos e alertas precoces para resiliência climática, evento organizado pela We World- -GVC, uma organização não- -governamental italiana.

“O nosso país, estando exposto a vários riscos ou ameaças, tem vindo a desencadear uma série de iniciativas e princípios orientadores para a mitigação destes fenómenos e fortalecimento dos sistemas de aviso prévio, trabalho que decorre com o envolvimento de parceiros na vertente da gestão e redução do risco de desastres”, referiu Gabriel Monteiro, citado pelo jornal Notícias.

A título de exemplo, em 2017 foi aprovado o Plano-Director de Gestão de Risco de Desastres, um instrumento multissectorial com vigência até 2030.

Há dois anos foram aprovados a lei e o regulamento de gestão e redução do risco de desastres. “Já em 2021 foi aprovada a política e estratégia de gestão dos deslocados internos, que visa reduzir o risco e prestar assistência às vítimas para a melhoria das suas vidas. E este ano foi aprovada a estratégia de gestão de informação e de sistema de aviso prévio para as cheias e ciclones”, disse.

Por sua vez, o supervisor de redução de riscos de desastres na “We World-GVC”, Jubaido Nhabique, referiu que o objectivo do encontro era compartilhar conhecimentos e experiências entre diferentes actores sobre a análise de risco, com base científica, e sobre sistemas de alerta precoce eficientes.

Segundo Nhabique, é necessário testar sempre todos os mecanismos envolvidos nos sistemas de alerta precoce, porque os eventos evoluem e, por isso, o ser humano deve estar munido de conhecimento técnico e com as ferramentas actualizadas.

“E é muito importante ainda centrar esses sistemas nas pessoas porque os equipamentos são automáticos e nalgum momento também podem falhar”, alertou.

Referiu-se à necessidade de perícia técnica e garantia de que todas as componentes, no sistema de aviso prévio, estejam sincronizadas para que a informação parta do nível mais alto até ao utilizador final, que é a comunidade.

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