Dinheiro em jogo: Funcionários do consulado de Moçambique no Brasil pretendiam frustrar extradição de traficante de droga

Dinheiro em jogo: Funcionários do consulado de Moçambique no Brasil pretendiam frustrar extradição de traficante de droga

Quatro funcionários brasileiros do Consulado Honorário de Moçambique, em Minas Gerais, no Brasil, são indiciados de participar nu esquema para evitar a extradição para o Brasil, do traficante brasileiro, Gilberto Aparecido dos Santos, mais conhecido por Fuminho.

Trata-se de Marcos Roberto de Almeida (Tuta); Willian Barile Agati – o arquitecto do plano; Marinel Bozhanaj; e Regis Agati Carneiro, todos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) – a maior facção criminosa do Brasil.

A polícia brasileira soube que na antiga sede do Consulado em Belo Horizonte “funcionava um esquema de venda de carteiras do Consulado de Moçambique para criminosos”. A promessa era de que o documento asseguraria para o comprador algum tipo de imunidade e protecção nas fiscalizações.

Willian Barile Agati com o então cônsul honorário, em Minas Gerais, Deusdete Januário Gonçalves

Segundo a mídia brasileira, investigações recentes apuraram que o PCC colocou na mesa 1,5 milhões de dólares, para o então cônsul, Deusdete Januário Goncalves, ajudar na libertação de Fuminho, e assim escapar a uma possível extradição para o Brasil.

O plano de resgate foi descoberto recentemente pela Polícia Federal brasileira, ao investigar uma quadrilha ligada ao PCC que montava uma base operacional para o tráfico de cocaína na África.

O plano não deu certo, pois Fuminho acabou preso no dia 13 de Abril, num hotel de luxo, na cidade de Maputo. Curioso é que, segundo a mídia brasileira, ele esteve detido numa prisão em Moçambique. Como foi parar no hotel, permanece um mistério.

As investigações apontaram que Agati contou com a ajuda de seu sócio Edmilson de Menezes, 51, o Grilo –  cunhado de Roberto Soriano, 50, o Tiriça, ex-número 2 do PCC excluído da facção no ano passado após brigar com Marcola – para planejar o resgate de Fuminho.

A ideia de Agati e de Grilo – diz a investigação da PF – era corromper policiais de Maputo para conseguir a libertação de Fuminho. Ele seria colocado em um avião e levado para os Balcãs, no sudeste da Europa, onde teria o apoio de mafiosos estrangeiros ligados ao PCC.

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