A falta de desconto na tarifa das “famosas” e criticadas portagens ao nível dos transportadores de carga, poderá ter implicações nos preços dos produtos por estes transportados ao nível dos consumidores. A informação é avançada pela Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO).
“Isto é uma cadeia, o (preço do) frete vai subir e, automaticamente, o produto também terá de subir. Nesse processo quem paga é o consumidor final”, disse Castigo Nhamane, presidente da FEMATRO, citado pela agência Lusa.
A Rede Viária de Moçambique (REVIMO) anunciou, na semana passada, que as taxas de portagem da Estrada Circular de Maputo vão iniciar a sua cobrança de circulação ao longo da via no próximo dia 1 de fevereiro de 2022.
Segundo a REVIMO, os transportes de carga deverão pagar, por travessia, 580 Meticais, um valor que estes, (transportadores) consideram elevado e que vai influenciar no aumento dos produtos transportados com o impacto para o consumidor final.
“Os transportadores de mercadoria vão ter de agravar aquilo que cobram aos seus clientes” e isso vai “refletir-se no resto”, frisou a FEMATRO, sugerindo que se façam também descontos para os transportes de carga.
De referir que a organização não-governamental (ONG) moçambicana Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD) submeteu um requerimento ao Tribunal Administrativo pedindo a suspensão das portagens.