Os empresários sentem-se retraídos a aderir a linha de financiamento disponibilizada recentemente pelos bancos comerciais para recuperação económica, após os impactos no tecido económico em decorrência das manifestações pós-eleitorais.
Os bancos comerciais da praca nacional lançaram um incentivo financeiro de 10 mil milhões para empresas por forma a que se possam reerguer. Mas há condições para se conseguir os valores.
As empresas interessadas devem, entre outros, pagar um juro de 15% do valor solicitado, bem assim apresentar
Para a classe empresarial, a raxa de juro a ser aplicada é sufocante na medida em que se vai tornar difícil de sustentar, não vai permitir a reemersão do empresariado e foge a realidade. Eles propõem que, para o objectivo por que foi criado o fundo, a taxa seja quase nula.
O Presidente Conselho de Administração da Infarma, Evaristo Madime, citado pela STV, referiu que a expectativa do sector empresarial era de soluções mais arrojadas, “no sentido de uma taxa de juro senão zero, quase zero. Neste momento devia ser algo do tipo fundo perdido”.
Por outro lado, o economista Dimas Sinoia chama, para o sucesso desta linha de financiamento, a intervenção do banco central.
“Se, por exemplo, uma das medidas fosse exactamente a questão do acesso às divisas, isso ia fazer com que as empresas, ao conseguirem estes empréstimos, tivessem um pouco mais de facilidade até na importação e reposição de investimentos que são necessários para a importação”, explicou o economista, que depois acrescentou que esta medida evitaria “congestionamento” na procura de dólares.
A linha de financiamento prevê que, no primeiro ano, a taxa de juro seja de 15%, e, para os anos subsequentes, será a taxa de juro de referência no mercado menos 4%.
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