O Director-executivo da Eni, Claúdio Descalzi, disse que a petrolífera colocou na mesa de debate a possibilidade de avançar para o cultivo de frutos a fim de produzir biocombustíveis em Moçambique.
Descalzi revelou que o assunto segue a mesma linha de diálogo que manteve com outros países. A proposta é utilizar os terrenos marginais não cultivados para a produção de alimentos.
Entre os frutos na matriz de produção de combustíveis, aos quais a Eni pode recorrer, está a mamona (Ricinus communis L.).
O Director-executivo da petrolífera apresentou a ideia na última semana durante uma visita de trabalho na capital moçambicana Maputo, onde manteve encontro com o Presidente da República, Filipe Nyusi, marcando, assim, a retoma do diálogo entre as partes, que tinha sido interrompido pelas restrições da pandemia.
Na encontro falou-se também sobre o sequestro de carbono, para compensar os projectos da Eni de exploração de gás no país.
Descalzi confirmou, entretanto, que as reservas da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo de Cabo Delgado, vão começar a ser exploradas a partir do primeiro semestre do próximo ano.
Os poços que vão alimentar o projecto já estão perfurados e a plataforma flutuante Coral Sul deverá sair em breve dos estaleiros na Coreia do Sul, rumo a Moçambique.
Esta será a primeira unidade de exploração das reservas do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo.
A ENI deverá ainda iniciar em meados de 2022 actividades de prospeção ao largo de Angoche, na zona centro do país.