A qualidade das obras de construção no país vem suscitando debates há alguns anos, sendo que, muitas vezes, a culpa é atirada a empreiteiros, engenheiros e fiscais. Por esta razão, a pedido do Presidente da República, Filipe Nyusi, a Ordem dos Engenheiros de Moçambique realizou um estudo que fez o diagnóstico dos problemas e indica as possíveis soluções.
Um dos problemas diagnosticados é a fraqueza generalizada das instituições que promovem os concursos, principalmente no que toca aos termos de referência, ausência de técnicos qualificados nas várias áreas.
Tem ainda a questão da adjudicação sob critério de menor preço, que leva a projectos mal concebidos, baixa qualidade das especificações técnicas e elevado risco de não realização das obras. Além disso, há dificuldades financeiras por parte das instituições de implementação.
Outros problemas levantados têm a ver com a deficiente quantificação dos projectos e sucessivas alterações dos mesmos, deficiente quadro técnico e o fraco desempenho das Unidades Gestoras e Executoras de Aquisições (UGEA) nos concursos das Obras Públicas.
Para resolver estes problemas, a Ordem dos Engenheiros de Moçambique, citado pelo semanário Domingo, propõe que cada um dos envolvidos faça a sua parte.