Os resultados eleitorais avançados pelas Comissões Provinciais e Eleições (CPE), em todo o país, são fraudulentos, segundo o Consórcio Eleitoral Mais Integridade.
De acordo com o Director do Mais Integridade, Edson Cortês, os dados divulgados pelas CPE estão desalinhados com os editais na posse dos observadores, e não reflectem a vontade dos eleitores.
“Mais uma vez, realizámos, como país, eleições fraudulentas, que não reflectem, pelo menos no que estivemos a observar, a vontade dos eleitores”, disse.
Falando, hoje, em Maputo, no balanço das eleições, Cortês disse que o consórcio tem a posse dos editais originais.
“Aquilo que a gente viu ser contado e aquilo que os editais diziam no dia seguinte eram coisas totalmente diferentes”, referiu, notando que a situação dificulta aos observadores apresentar os resultados derivados das contagens dos editais. “A maior parte dos editais tem resultados martelados”.
Para o consórcio que observou cerca de 1500 mesas de votação, a Procuradoria-Geral da República deveria impedir a legitimação da fraude baseando-se nos documentos na posse dos observadores.
“O nosso apelo é para a procuradoria olhar para os vários ilícitos eleitorais que não apenas o Mais Integridade, como também as redes sociais, apresentaram, mas parece-nos que ela nada faz e está mais preocupada com um candidato em vez dos ilícitos eleitorais que, indo atrás desses ilícitos, pode ser que sirva de lição para as próximas eleições”, notou.
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