CTA propõe medidas definitivas para uso frequente das praias

CTA propõe medidas definitivas para uso frequente das praias

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou, esta sexta-feira, em Maputo, um conjunto de medidas definitivas que considera viáveis de serem adoptadas pelo Governo para se criar uma legislação que permita o uso racional, controlado e ininterrupto das praias moçambicanas. E disse que vai criar um controle online de colaboradores vacinados e não vacinados no sector do turismo.

Em primeira instância, a CTA sugere que as praias sejam abertas somente aos meios-de-semana, de segunda à sexta-feira, “porque aí teremos a certeza de que quem estiver na praia [num dia de trabalho] está a fazer turismo”. Assim, argumenta a CTA, existe uma maior possibilidade de se restringir as aglomerações “porque sabemos que elas acontecem mais aos fins-de-semana”.

A segunda proposta é para que os hóspedes de instâncias turísticas mais ligadas ou próximas a praias “tenham um comprovativo [dessa tal instância] que os dê acessibilidade às praias”.

E, por fim, a CTA sugere que se crie uma legislação de uso de praias com sinalizações de permissão ou proibição de uso de certas áreas e divisão por famílias; também, perspectiva que se possa engajar a “polícia marítima” nessa actividade de fiscalização, sempre visível quando as praias estão encerradas para actividades turísticas.

O Presidente do Pelouro do Turismo da CTA, Muhammad Abdullah, disse que as propostas da agremiação visam reanimar o sector do turismo que se viu arrasado pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19, cujo impacto negativo continua a verificar-se em cadeia em outros sectores.

“O encerramento das praias está a criar um cenário de incertezas no sector do turismo. E, neste sentido, queremos, de forma mais afincada, criar, junto do Governo, condições para que as praias sejam abertas” dado que, “desde a última comunicação do Presidente da República no contexto da pandemia, as reservas para o turismo começaram a cair lavando até ao endividamento de alguns operadores turísticos”, disse Abdullah, durante uma conferência de imprensa.

Por seu lado, o Vice-Presidente do Pelouro de Turismo, Hotelaria e Restauração da CTA, Aurélio Mausse, reforçou o apelo ao Governo para alargar o alívio que se verificou no sector de restauração ao sector do Catering e Eventos.

“Estamos esperançados que isso venha acontecer porque é um sector com muitos operadores e também sofreu tal como os outos, e [reforçamos o nosso apelo] para que as pessoas retomem os seus trabalhos e a sociedade se beneficies dos seus serviços”, frisou.

O representante do Sindicato dos Trabalhadores do Sector de Turismo, Albino Marreleco, disse que ao nível do sector da hotelaria e turismo existem 64.136 trabalhadores dos quais 26.370 tiveram de cessar funções devido à pandemia.

“Por várias razoes, alguns viram seus contratos suspensos temporariamente, outros tiverem ferias compulsivas, e outros continuaram a trabalhar e regime de rotatividade”, explicou. Mas também apelou aos empregadores para devolverem aos seus postos de trabalho os mesmos trabalhadores de sempre, logo que as condições permitirem, pois “não estão perdidos, nós temos o controle de todos”.

Numa outra abordagem, o Presidente do Pelouro do Turismo da CTA avançou que se tenciona criar um link para o cadastro de todos os operadores turísticos vacinados e não vacinados contra a covid-19, a fim de vacinar aqueles que ainda não tomaram as doses.

Entretanto, o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Sector de Turismo disse que não se sabe quantos membros receberam as doses completas da vacina, uma vez que cada colaborador tomou vacinas durante as campanhas. Apesar disso, garante que 80% dos hotéis têm seus colaboradores já vacinados.

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