As Forcas Armada de Defesa de Moçambique (FADM) receberam formação militar francesa ministrada pela Forças Armadas na Zona Sul do Oceano Índico (Forces Armées dans la Zone Sud de l’Océan Indien/FAZSOI) para melhorar sua actuação no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Escreve o portal sul-africano defenceweb que o apoio da força francesa ocorreu no âmbito dos trabalhos da União Europeia junto das forças de combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Os 13 militares franceses do segundo Regimento de Pára-quedistas de Infantaria da Marinha (2e RPIMa) anteriormente trabalharam em Maputo e Chimoio para treinar no domínio do serviço de combate e apoio (CSS). O seu regime de treino para as tropas moçambicanas concentra-se na doutrina da força de reacção rápida (QRF), pois é isto que lhes espera.
De acordo com uma nota da Missão de Formação da União Europeia em Moçambique (EUTM Moz), a força de reacção rápida de paraquedistas baseia-se na Ilha da Reunião com proximidade geográfica, disponibilidade e conhecimento, o que os torna aliados valiosos para melhorar as tropas de reacção rápida da FADM.
Manutenção de armas, mecânica de veículos, barcos e pequenos equipamentos, bem como comboios de primeiros socorros e logística de combate foram alguns dos temas de formação ministrados pela FAZSOI. O pelotão QRF CSS fez “enormes progressos” nestes campos e está agora plenamente capaz de levar a cabo a sua missão, afirmava o comunicado, citado pelo portal sul-africano.
Para além desta formação, o FAZSOI incluiu operações com drones e formação em combate motorizado.
As FADM receberam, recentemente, drones através do programa de medidas urgentes do Mecanismo Europeu para a Paz (EPF) com os especialistas franceses que ensinam ao pelotão de reconhecimento como utilizá-los.
Novos veículos foram fornecidos pela UE e utilizados para treino motorizado de combate. Com base nos conhecimentos adquiridos no Sahel, o FAZSOI formou todos os pelotões QRF em procedimentos contra dispositivos explosivos improvisados (IEDs).
Com tudo isso, acredita-se que as tropas de reacção rápida moçambicanas podem agora proteger-se contra este tipo de ataque e reagir eficazmente quando necessário.
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