Cabo Delgado: Força Maior não deve impedir a retoma dos megaprojectos, segundo o PR

Cabo Delgado: Força Maior não deve impedir a retoma dos megaprojectos, segundo o PR

Um ataque terrorista em 24 de Março de 2021 à Vila de Palma, na província de Cabo Delgado, obrigou, no dia 26 de Março de 2021, à multinacional francesa TotalEnergies a declarar “Força Maior”, retirar todo o seu pessoal e suspender o avanço das actividades para a exploração de gás natural liquefeito na Área 4 da bacia do Rovuma.

O projecto mantém-se suspenso desde então. O governo encetou esforços para reestabelecer a segurança e tranquilidade nas regiões afectadas pelo terrorismo. Fê-lo com apoio externo. E mantém expectativas de uma decisão favorável ao nível da TotalEnergies, já que assegura estarem criadas as condições para a retoma de actividades a todos os níveis.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, frisou, na quarta-feira, que as regiões outrora assaltadas por terroristas agora estão sob controlo das forças de defesa e Segurança. Referiu que as actividades decorrem com normalidade, pelo que, no seu entender, a estas alturas o motivo evocado pela TotalEnergies para suspender as actividades não deve condicionar a retoma do projecto.

“Actualmente, a situação está relativamente estabilizada, a população regressou de forma significativa às suas zonas de origem. Estamos a repor o funcionamento das instituições e decorrem, neste momento, os trabalhos de reconstrução de infra-estruturas destruídas…. Podemos afirmar que o resultado das operações realizadas no terreno, a situação de segurança nos distritos outrora abrangidos pelos actos terroristas intensos está melhor do que em 2018, quando os projectos decorriam com normalidade na bacia do Rovuma. Por isso, dizemos que a retoma dos megaprojectos na península de Afungi não pode ser condicionada unicamente pela cláusula de Força Maior. Nas actuais condições, devemos honrar a entrega das Forças de Defesa e Segurança, em particular, e seus aliados, retomando o normal decurso da vida, incluindo as actividades do sector produtivo a todos os níveis”, apelou o Chefe de Estado.

Filipe Nyusi falava, em Maputo, por ocasião da efeméride dos 60 anos da fundação daa Forças Armadas e Defesa de Moçambique e desencadeamento da Luta de Libertação Nacional.

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