A Confederação das Associações Económicas de Moçambique — CTA diz haver indícios de práticas criminosas para ascender à presidência da agremiação, envolvendo o Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique (CMM).
Segundo um documento do sindicato a que tivemos acesso, Álvaro Massingue — um dos candidatos à presidência da CTA — pagou em simultâneo quotas de 32 associações, com o objectivo de cooptar-lhes os votos.
A constatação foi feita, segundo o documento, pelo Conselho Directivo da CTA após verificar movimento incomum de valores monetários.
“No decurso da investigação, apurou que os pagamentos em causa foram realizados no mesmo dia e pelo mesmo indivíduo, sem vínculo funcional com as associações em questão” lê-se.
Conforme a fonte, foram contactadas todas as associações beneficiarias do pagamento de quotas, tendo algumas reconhecido o pagamento e outras alegado desconhecer a origem do pagamento.
“Os indícios apontam para uma actuação isolada, não coordenada com os referidos membros, levado a cabo pelo Senhor Álvaro Massingue” diz a CTA.
Mas também, a agremiação entende que “algumas associações poderão ter agido sob influência ou coação, directa ou indirecta, por parte do terceiro interessado no voto destas associações”.
O sindicato diz que vai procurar ultrapassar a situação “com maturidade institucional”, até porque “estão num período pré-eleitoral sensível”.
As eleições na CTA estão agendadas para o próximo dia 08 de Maio.
Esta é a segunda vez que Massingue concorre à presidência da CTA, depois de derrotado em 2020.
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