Após as quedas da semana passada, provocadas pelo anúncio do governo chinês de que iria intensificar os esforços para erradicar a mineração de criptomoedas, a bitcoin começou uma nova semana em terreno positivo, perto da marca dos 30 mil dólares. A volatilidade que caracteriza a criptomoeda, no entanto, permanece, segundos os analistas.
“Com base nos últimos acontecimentos, as actuais condições de mercado são vistas por alguns como uma oportunidade de ouro de acumulação, enquanto outros assumem como autêntico pesadelo a situação actual. Analisando os recentes dados da Glassnode, pode-se notar que os detentores (holders) de longo prazo começaram a acumular bitcoin à cotação atual, enquanto os recém-chegados investidores continuam a liquidar as suas posições no mercado”, comenta Henrique Tomé, analista de mercados da XTB.
A informação de Pequim apanhou muitos investidores de surpresa, dado que é a segunda maior economia do mundo a atacar um negócio, no seu território, correspondente a 70% do fornecimento global de criptomoedas, segundo a “Reuters”.
A dificuldade de mineração de bitcoins diminuiu 16% durante o fim de semana, sendo a maior queda deste ano. Henrique Tomé comenta que a recente queda “indica que existe menos competição. Isso deve-se ao facto de as empresas de mineração da China terem retirado as suas operações do país à medida que o governo intensifica as pressões em torno do mercado das criptomoedas”.
“Além disso, quando olhamos para os principais players no mercado, como Grayscale Bitcoin Trust, pode-se ver que o prémio está a começar a aumentar, sugerindo que os investidores institucionais também estão a continuar a comprar a preços mais baixos. Por outro lado, a quantidade de contratos em aberto permanece baixa, já que muitos investidores alavancados sofreram perdas significativas durante a recente queda e provavelmente não retornarão ao mercado, pelo menos por enquanto”, acrescentou o analista da XTB.
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