BAD pode voltar a apoiar o Orçamento do Estado em 2023

BAD pode voltar a apoiar o Orçamento do Estado em 2023

O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela mostrou-se expectante com o reatar do apoio directo ao Orçamento do Estado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em 2023 face ao compromisso das duas partes com o aprofundamento da cooperação.

Ao nível do executivo moçambicano, existem “as expetativas de ter o BAD a voltar a financiar o Orçamento do Estado, a partir de 2023”, depois da suspensão desta modalidade de ajuda, após a descoberta das dívidas ocultas em 2016, disse Max Tonela à comunicação social após um encontro com o vice-presidente do BAD para a Governação Económica e Gestão do Conhecimento, Kevin Urama.

Sem avançar datas o governante assinalou que o Banco Mundial (BM) também irá retomar o apoio directo ao Orçamento do Estado.

“Temos garantia da mobilização de recursos para apoio ao Orçamento do Estado pelo Banco Mundial”, enfatizou.

O ministro da Economia e Finanças assinalou que as promessas de retoma da ajuda financeira direta às contas públicas do país são reflexo da recente indicação do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que vai reatar a assistência financeira ao país, suspensa na sequência da descoberta das dívidas ocultas em 2016.

“O acordo com o FMI é um sinalizador. Nós assumimos que, depois do acordo, teremos melhores condições para fazer a mobilização de recursos face à melhoria da credibilidade do país nos mercados financeiros internacionais”, enfatizou Max Tonela.

O ministro descreveu o BAD como “um parceiro natural de Moçambique”, avançando que as duas partes vão concluir brevemente um novo programa de cooperação, cujos montantes ainda terão de ser acertados.

O novo programa de cooperação, prosseguiu, vai centrar-se no desenvolvimento de infraestruturas económicas com potencial para acelerar a transformação económica do país, fortalecimento da resiliência face às mudanças climáticas e promoção do desenvolvimento do sector privado e do emprego, sobretudo dos jovens, acrescentou Max Tonela.

Por seu torno o Vice-presidente do BAD para área de Governação Económica e Gestão de Conhecimento diz que Moçambique introduziu reformas significativas na gestão de fundos públicos.

“Observamos, com grande prazer, que Moçambique registou avanços no fortalecimento da gestão das políticas macroeconómicas e das finanças públicas, em todos os aspetos, nos últimos anos”, salientou Kevin Urama.

Referira-se que uma delegação de alto nível do BAD, chefiada pelo próprio Vice-presidente, encontra-se em Moçambique para apoiar na melhoria de sistemas de gestão de finanças públicas e mobilização de recursos para implementação de projectos de desenvolvimento do país.

Em Moçambique, o BAD tem uma carteira de investimentos avaliada em 1 bilião de dólares. O valor está a ser aplicado em 21 projectos ligados aos sectores de energia, construção de estradas e agricultura.

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