A Comissão Nacional de Eleições (CNE), órgão responsável pela supervisão do recenseamento e dos actos eleitorais em Moçambique, revelou ontem, terça-feira (06), não possuir ainda orçamento suficiente para cobrir as despesas de produção dos boletins de voto dos candidatos a Presidente da República, partidos políticos e outros concorrentes às eleições de 9 de Outubro próximo.
Mas afinal, não é apenas falta de fundos para a produção dos boletins de voto, a CNE está também sem os fundos para transferir às 37 formações políticas que deverão participar nestas eleições. Trata-se de um fundo que os partidos políticos deverão adquirir, entre outros materiais a usar durante a campanha eleitoral, cujo lançamento está previsto para 24 do mês em curso.
Este fundo, de mais de 240 milhões de meticais, a CNE deve canalizar aos partidos políticos 21 dias antes do arranque da campanha eleitoral.
Contudo, sem avançar o montante, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, disse à margem do sorteio das posições no boletim de voto e para os tempos de antena dos partidos políticos concorrentes, se regista um défice do orçamento previsto para o processo eleitoral, mas assegurou que a CNE está a trabalhar para resolver o problema.
“Aquilo que nos compete é o que estamos a fazer. Estamos a trabalhar e acreditamos que o Ministério da Economia e Finanças também está a trabalhar para encontrar o dinheiro de forma que possa custear todo o processo eleitoral”, disse Cuinica, citado pela AIM, acrescentando que, mesmo com esse défice, o processo prossegue.
Segundo o porta-voz, há previsão de aumento do dinheiro a ser canalizado aos partidos, numa decisão que é fundamentada pelo custo de vida que se regista no mercado nacional e internacional, onde são adquiridos bens e serviços para suportar a logística dos partidos durante os 45 dias de campanha eleitoral.
(Foto VOA)
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