O edil da cidade de Quelimane, na província da Zambézia, Manuel de Araújo, manifestou a sua insatisfação relativamente ao Acórdão do Conselho Constitucional (CC) que ordena a recontagem de votos em 39 mesas de assembleia de voto naquela autarquia.
Falando em solo pátrio após um périplo em vários países onde expôs as irregularidades constatadas na apuração parcial de votos na autarquia, Manuel de Araújo disse que a decisão do CC não corresponde às expectivas.
“O Acórdão do CC está aquém das nossas expectativas. Penso que eles não fizeram as contas como deveriam ter feito. Me parece que lhes falta a coragem para dizer a verdade”, disse.
Na sua óptica, a apelada verdade “é nua e crua. A vitória em Quelimane pertence ao partido Renamo. Temos números e contas”. E, deste modo, a expectativa era que o CC atribuísse, “sem voltas e vírgulas”, a vitória a Renamo.
Recebido por uma grande moldura humana, ele disse que o recurso ao CC foi submetido em tempo útil, incluindo os editais, divulgaram os editais na internet no dia seguinte às eleições. “Portanto, quem sabe fazer aritmética não vai ter dúvidas sobre o resultado”.
Ele disse que o objectivo das suas viagens pelo exterior visava alertar a comunidade internacional sobre os números.
“Ouvi dizer que alguns elementos do SISE [Serviço de Informação e Segurança do Estado] prenderam um jovem querendo saber onde estão os editais. Os editais estão no Conselho Constitucional, mm cofres bem guardados em Londres, Washington, Paris, todo o mundo”, contou.
Ele notou que as reuniões exteriores com senadores, congressistas, membros de Governo, jornalista e outras entidades visavam defender o país todo, “não apenas Quelimane. Fomos defender a democracia”.
Manuel de Araújo disse que visitou sete países, Estados Unidos, Alemanha, França, Portugal Itália, Brasil e Turquia.
Disse ainda que foram enviadas cópias devidamente reconhecidas. “Outros editais colocamos na cloud [nuvem]”.
Por outro lado, ele frisou que as marchas legais ainda vão continuar “até ao veredicto final. E, dependendo dos resultados, a responsabilidade passa do partido para os munícipes de Quelimane. Já não estarão sob nossa orientação. Saberão o que fazer”.
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