O ex-Presidente da República, Filipe Nyusi, parece ter fortes intenções, e já expressas, de tomar para si a residência protocolar destinada a Presidente da Assembleia da República, na cidade de Maputo.
Avança o semanário Evidências que, na qualidade de antigo alto dirigente do Estado, Nyusi goza de regalias como direito a residência e gabinete protocolares. Parece que ainda não os tem e, ainda na semana passada, esteve hospedado na casa de hóspedes, na Ponta Vermelha, antes de, supostamente, seguir para Nampula e Cabo Delgado, onde tem residências e interesses empresariais.
A cobiçada residência protocolar da AR, que deve ser ocupada pela nova inquilina, Margarida Talapa, está a um minuto da Presidência da República, do outro lado da Av. Julius Nyerere. Ocupa o perímetro da Av. Kwame Nkrumah até à esquina com a Av. Armando Tivane, a mesma que a separa da igreja Santo António da Polana. A referida residência – cuja intenção é torná-la num gabinete do antigo PR – tem um muro de separação com a residência protocolar para a figura de Primeiro-Ministro.
O jornal dá ainda conta que Nyusi manteve para si a residência protocolar onde residiu enquanto Ministro da Defesa, antes de subir à Ponta-Vermelha. A casa sita na Av. Do Zimbabué, na cidade de Maputo.
Dado que, Margarida Talapa, a Presidente da AR, reside na sua residência e ainda não ocupou a casa protocolar, o Estado vê-se na obrigação de pagar um subsídio de renda a Talapa, enquanto não ocupar a casa a si destinada ou se lhe for atribuída outra protocolar.
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