O Centro de Integridade Pública (CIP) revelou, hoje, que as eleições gerais de 2024, realizadas em 9 de Outubro passado, foram as mais fraudulentas desde as eleições de 1999. A ONG exige a recontagem de votes e publicação dos editais originais
Para o CIP a justificação é de ser o partido Frelimo que controla todo o processo eleitoral, “passo a passo”.
Em documento publicado esta sexta-feira, a ONG refere que, por lei, a Frelimo controla as instituições eleitorais e se tem beneficiado desse poder para “garantir a continuidade”. Criticou o facto de os delegados da oposição no STAE não serem cidadão preparados para “serem olhos da oposição”
Este ano, “o poder sobre os STAEs levou ao recenseamento de um milhão de eleitores fantasmas – mais eleitores registados do que adultos em idade de votar – em vários distritos”.
O controlo da Frelimo foi alargado no ano passado e este ano, através do controlo das assembleias de voto. Quatro membros do pessoal das assembleias de voto (MMVs) e os seus formadores deveriam ser seleccionados por concurso público, mas, em vez disso, são agora seleccionados pela Frelimo.
No documento, a ONG relata várias irregularidades no decurso do processo eleitoral, e exige uma recontagem dos votos em todas as assembleias de voto do país e a publicação dos editais originais de todas as mesas.
“A nossa exigência não corrigirá todo o enchimento de urnas e outras fraudes, mas mostrará a extensão da fraude e reduzirá o poder esmagador do partido no poder. Esta acção pode ser feita pela CNE, se quiser mostrar a transparência do processo. Se a CNE continuar a recusar, o CC pode ordenar essa recontagem” lê-se.
Deixe uma resposta