Maioria de MMVs são funcionários públicos e membros da Frelimo. Já têm “subsídios”

Maioria de MMVs são funcionários públicos e membros da Frelimo. Já têm “subsídios”

O Centro de Integridade Pública (CIP), através do seu boletim de eleições denuncia que a maioria de Membros das Mesas de Voto (MMVs) escalados para as eleições gerais de amanhã são funcionários públicos ou membros do partido no poder, a Frelimo.

“Quase todos os presidentes, vice-presidentes, secretários e 40 escrutinadores são funcionários públicos ou membros do partido Frelimo”, lê-se.

Além disso, refere que o partido tem realizado, um pouco por todo o país, reuniões clandestinas com os MMVs onde distribui dinheiro. Nota que o valor varia de distrito para distrito, entre 500 e cinco mil meticais. Alguns se recusam a receber cinco mil meticais, alegando que em 2019 receberam 20.000 meticais para cometer fraude a favor da Frelimo. Parece que se chegou ao acordo para se pagar sete mil meticais. Tal como em 2019, este ano o valor está a ser distribuído por agentes do Serviço e Segurança do Estado.

Os encontros, que até incluem administradores distritais, servem para encorajar os MMVs a direccionar a vitória para a Frelimo. Neles são recolhidos todos os telefones para evitar possíveis gravações.

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