Encerradas duas bombas de combustíveis do “Grupo Tiger” por indícios de lavagem de dinheiro

Encerradas duas bombas de combustíveis do “Grupo Tiger” por indícios de lavagem de dinheiro

Duas bombas de reabastecimento de combustíveis denominadas “Tian Hai” foram encerradas em Caia e Sena, na província de Sofala, revelou a Procuradoria Provincial, citada pela STV. As bombas e vários estabelecimentos comercias na província fecharam as portas por haver fortes indícios de branqueamento de capitias.

Essas infraestruturas comerciais têm como accionista maioritário um cidadão de nacionalidade chinesa, identificado por Jiye Zhuo, que está a monte.

O cidadão é acusado de vários crimes entre os quais falsificação de documentos, associação criminosa e crimes ambientais. Jiye Zhuo era portador de um Bilhete de Identidade moçambicano que indica o distrito de Búzi (Sofala) como a sua terra natal.

As suas contas bancárias estão interditas de realizar movimentos por ordem do Ministério Público.

O mesmo processo a poderá determinar o encerramento de mais duas empresas, nomeadamente, uma de corte, transporte e exportação de madeira e uma de segurança privada denominada “Gigante Panda Segurança”, na cidade da Beira.

Estas apreensões decorrem de um processo contra o cidadão chinês e seus sócios.

As bombas de combustíveis “Tian Hai” pertencem ao “Grupo Tiger” de capitias chineses que, em Novembro, inaugurou uma bomba de combustível no bairro Chalí, distrito da KaTembe, próximo da ponte Maputo-KaTembe. O empreendimento está avaliado em 2.4 milhões de dólares. O grupo tem cinco bombas de reabastecimento de combustíveis, três em Sofala, um na província de Maputo e outro na KaTembe.

A Polícia da República de Moçambique na Beira diz estar a par dos assuntos, e garante comunicar ao público detalhes das operações para a localização do indivíduo e sobre os contornos para obtenção de nacionalidade moçambicana.

Em uma das suas visitas a cidade da Beira, em Agosto deste ano, o Presidente da República, Filipe Nyusi, denunciou o uso de bombas de reabastecimento de combustíveis em Sofala para o branqueamento de capitias e financiamento ao terrorismo.

“Há proliferação de bombas de combustíveis na vossa província, não estou a proibir. Mas que usem métodos legais. Nós temos informações de pessoas que usam estes meios para subsidiar o terrorismo”, disse Nyusi, frisando, que na altura, alguns proprietários das bombas estavam foragidos.

“Algumas pessoas, proprietários de bombas de combustível, fugiram. Quando os fomos procurar, tinham desaparecido. Vocês têm de controlar isso. A proliferação [de negócios] sim, se é para o desenvolvimento. Mas se for para lavagem de dinheiro, não. Movimentem sim dinheiro, mas de forma legal”, apelou o Chefe de Estado.

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