A Frelimo considera ser uma formação política aberta a opiniões diferentes e isso não pode ser entendido como sendo sinal de crise.
Uma notícia publicada hoje, pela AIM, o partido no poder em Moçambique, afirma que os resultados alcançados nas eleições autárquicas de 11 de Outubro último demonstram claramente que a Frelimo está forte e coesa.
“Desde a existência do partido Frelimo sempre houve abertura para a diferença de opiniões e isso não significa crise” disse a porta-voz da Frelimo, Ludmila Maguni, em entrevista divulgada pela Rádio Moçambique.
“A nossa preocupação não é diferença de opiniões, mas sim que estas opiniões não estejam a ser dadas dentro dos órgãos como os nossos estatutos nos guiam”, disse a porta-voz, frisando que “como partido, sempre deixamos abertura para a diferença de opiniões, porque isso é que nos faz crescer, amadurecer e continuarmos fortes como partido”.
Questionada sobre a existência de alas respondeu que isso é natural que aconteça. As pessoas têm diferentes opiniões “mas no final do dia o partido é único”.
Em relação à vitória da Frelimo em 60 autarquias das 65 em disputa, no passado Outubro, Maguni disse que isso não só releva a robustez da sua formação política, como também o quão está próxima dos munícipes e, por isso, “sai engrandecida e fortalecida com bastante força para continuar a trabalhar”.
Sobre as alegadas irregularidades que terão sido cometidas por alguns membros da Frelimo, a porta-voz desvaloriza as acusações e refere que “é preciso que os partidos políticos saibam respeitar os órgãos envolvidos no processo de eleições e deixá-los trabalhar e trazer as suas decisões”.
Ainda sobre as alegadas irregularidades afirmou haver segmentos (algumas organizações da sociedade civil e partidos políticos) que continuam a tentar manipular a juventude para um lado não construtivo, contrário à unidade nacional. Por isso, apela a juventude para que esteja atenta aos que querem manipular e usar as suas opiniões para fins que não sejam benéficos ao País.
“Houve muita manipulação de jovens neste processo eleitoral e não iniciou logo depois de os resultados terem sido proclamados, muito antes disso o processo de contestação começou”, sublinhou.
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