O porta-voz do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) disse, hoje, que o pagamento das horas extraordinárias dos professores é um assunto já na alçada do Ministério da Economia e Finanças (MEF).
“É nossa preocupação. Nós é que fazemos a gestão dos professores. A preocupação do pagamento das horas extras para os professores é do sector da Educação. Mas há um trabalho que foi feito pelo MEF de verificação das horas nas escolas”, disse Manuel Simbine.
Em entrevista à STV, esclareceu que somente cabe ao MINEDH transmitir aos professores as informações que recebe do MEF.
“O que nós transmitimos como Ministério da Educação são as garantias e informações que recebemos do Ministério das Finanças”, referiu.
Ele assegurou, consequentemente, que alguns professores já receberam os respectivos valores em atraso, tal como anunciado, no ano passado, pela titular do MINEDH, Carmelita Namashulua. No entanto, em tais escolas pode haver professores que, de facto, não receberam. “Os que estão a marchar”.
“Há escolas que foram pagas. O que podemos adiantar é que o pagamento está sendo feito de forma faseada”, disse, alegando uma garantia do MEF.
“A verificação foi feita pelo MEF e não pelo MINEDH. Nós recebemos relatórios a indicar as escolas que foram verificadas, e o processo ainda continua”, avançou, manifestando desejo de saber da Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) quantos professores associados já receberam e ainda estão por receber as horas extras devidas.
Um documento da ANAPRO submetido a MEF e verificado pelo MZNews esclarece que equipas do MEF têm boicotado encontros tripartidos, entre a ANAPRO, o MINEDH e o MEF para esclarecer a situação desses salários.
Esta quarta-feira (03.01), alguns associados dos professores, incluindo o seu Presidente, marcharam em algumas avenidas da cidade da Matola em protestos contra a postura do MINEDH e do MEF, e ameaçaram boicotar o início do ano lectivo de 2024.
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