Graça Machel: Novas autarcas devem priorizar direitos das crianças e luta contra a pobreza

Em Moçambique, a activista social Graça Machel afirma que os autarcas que forem eleitos em 2023 devem assumir um forte compromisso no respeito dos direitos das crianças e na luta contra a pobreza que afecta quase metade da população.

Moçambique começa em 2023 um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas, seguidas de eleições gerais em 2024 (presidenciais, legislativas, provinciais e possivelmente as distritais). A activista social, Graça Machel, defende que é preciso que os deputados, governadores e autarcas a serem eleitos assumam compromisso, na observância dos direitos das crianças.

“Em 2023 vamos ter as autarquias, em 2024 vamos ter as eleições gerais. Nós devíamos ser capazes de pegar, nesses municípios onde as pessoas vão concorrer e dizer que o município de Maputo, município de Cuamba, município não sei quê, de que distrito, a tua realidade em termos de cumprimento dos direitos é esta. Portanto todos os deputados que se candidatam para aquele município tem que fazer o compromisso de abrir os direitos da criança. São oportunidades que não se podem perder porque aquilo que se comprometerem no momento da eleição é aquilo que nós vamos exigir durante os cinco anos seguintes”, disse Graça Machel, citada pela RFI.

Segundo o documento do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários este ano viu a ajuda alimentar diminuir de 40% para as necessidades diárias de cada pessoa.

O relatório da ONU afirma que o conflito na província de Cabo Delgado está a aumentar a insegurança alimentar e desnutrição, com famílias forçadas a abandonar casas e campos

Dados oficiais realçados pela activista social Graça Machel em Maputo, indicam que 46% da população moçambicana estimada em 30 milhões, vive abaixo da linha de pobreza.

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